Pibidianos

Pibidianos
Foto do Grupo

sábado, 15 de outubro de 2011

PIBIDIANOS VISITAM O TEATRO ESPERANÇA- JAGUARÃO/RS

Na tarde do dia 05 de outubro, os alunos Edson, Eleandro, Kaiene, Kênya, Marcela, Michelle, Suelem e Thiara realizaram uma visita ao Teatro Esperança. Em parceria com a Casa de Cultura, o PIBID contou com a presença de Andréa da Gama Lima, assessora da Secretaria de Cultura e Turismo (Jaguarão), que conversou sobre a história do Teatro e o andamento do seu restauro.


"O prédio, tombado por seu valor histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado desde o ano de 1990, passou recentemente a tutela e proteção, também, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, recebendo o investimento de mais R$ 1, 1 milhão.

A construção desponta entre os belos acervos arquitetônicos do centro da cidade, recentemente tombada nacionalmente por seu conjunto Histórico e Paisagístico, contemplando mais de 800 prédios e uma área de entorno.

O Teatro Esperança, começou a ser construído em 1887 e foi inaugurado dez anos depois. É apontado como o terceiro mais antigo do estado, precedido pelo Teatro Sete de Abril, de Pelotas, e pelo Teatro São Pedro, de Porto Alegre. É reconhecido, do mesmo modo, no cenário nacional, por sua qualidade acústica.

A arquitetura projetada em estilo eclético, em cuja fachada destacam-se as aberturas entre as colunas jônicas e as platibandas com frontões decorados, revela a precisão dos grandes artífices do continente europeu, que percorreram e se instalaram no sul do país, em meados do século XIX. Seu construtor foi Martinho de Oliveira Braga, destacado pela atuação em diversas obras que compõem o requintado casario do município, e o responsável pelo trabalho em madeira foi o artista Gustavo Guimarães, marceneiro português estabelecido na fronteira na época.

O porte da casa de espetáculos traduz a expansão econômica que vivia Jaguarão no final do período oitocentista e princípios do século XX, por sua vez refletida na fase áurea da construção civil e no engajamento da sociedade com a movimentação cultural e artística do país.

A cidade estava no roteiro das companhias que se apresentavam no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Pelotas, e seguiam para Montevidéu e Buenos Aires. Por sua localização estratégica e importância política na região, recebeu peças de autores de renome, como adaptações de Shakespeare traduzidas, Alexandre Dumas, José de Alencar, Lobo da Costa, entre outros, conforme atestam os jornais locais.

Outro aspecto interessante, é que o espaço adaptava-se à realização de espetáculos circences. Para tanto, removiam-se as cadeiras e o piso da platéia, cujo tablado era móvel, e esta se transformava em picadeiro.

Na década de 1950, o Teatro sofreu reformas para que pudesse ser utilizado como cinema. Seus camarotes foram removidos, instalaram-se cadeiras fixas na platéia, uma tela e construiu-se uma sala de projeção, o que ocasionou a perda de alguns de seus referenciais originais.

No cenário atual, é imprescindível a soma de esforços da comunidade em parceria com o setor público - nos âmbitos municipal, estadual e federal-, para que se possa preservar o que se recuperou do prédio e criar uma base sólida para as futuras ações do campo do Restauro e da Conservação. Tendo em vista a efervescência cultural que demarca a fronteira, fica a certeza de que o Teatro Esperança terá vida longa e que muitos espetáculos ainda serão anunciados nos cartazes de seu futuro próximo".


Fontes:

Processo de tombamento do Teatro Politeama Esperança, 1990.

Martins, Roberto. A ocupação do espaço na fronteira Brasil – Uruguay: a construção da cidade de Jaguarão, 2001.

Andréa da Gama Lima, Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural – UFPel. Assessora da Secretaria de Cultura e Turismo de Jaguarão.


Texto retirado dia 15 de outubro do blog da SECULT, disponível em: http://secultjaguarao.blogspot.com/2011/01/teatro-politeama-esperanca.html

JAGUARÃO: ALGUNS ASPECTOS DE SUA HISTÓRIA

       A região onde hoje se encontra Jaguarão, primeiramente foi território indígena. Uma nação viveu, por milhares de anos nesta região, onde os estudiosos classificaram-na como Tradição Umbu. Com o tempo, tornaram-se ceramistas nômades da zona pampiana, e seus vestígios (potes de barro cozido) são identificados pelos arqueólogos como Tradição Vieira. Com a chegada dos colonizadores, passariam a ser chamados de Minuanos pelos espanhóis e portugueses ou Guenoas pelos jesuítas.
      Com a chegada dos europeus, estas terras passam a ser disputadas pelas Coroas espanholas e portuguesas, o que acabou forçando a assinatura de vários tratados. O mais importante foi o de Madri (1750) onde o RS fica praticamente com o mapa atual, ligado a Coroa Portuguesa. Porém na prática não dá certo e só em 1801 com o Tratado de Badajós, fica estabelecido à fronteira no Rio Jaguarão e Arroio Chuí entre Portugal e Espanha.  Por conta disso, Portugal envia uma Guarda Militar para as margens do Rio Jaguarão,  dando origem ao povoado que mais tarde se tornaria uma das principais cidades gaúchas, no século XIX. De Guarda da Lagoa e do Serrito (1802) se transformara logo em seguida na Freguesia do Divino Espírito Santo de Jaguarão (1812).
Em 1832 é elevada a Vila, que na época tinha status de município, pela autonomia que possuía. Neste período havia uma radicalização na província, que geraria em seguida a Guerra dos Farrapos. Nossa Câmara Municipal foi a 1ª a declarar apoio à  República do Piratini.
       A cidade foi se desenvolvendo a partir do comércio e contrabando com o Uruguai, e a partir da segunda metade do séc. XIX começa a aparecer o casario que até hoje ostenta sua imponência aos turistas que aqui chegam.
Em 1845 o então Conde de Caxias determina a construção de várias fortificações no RS para proteção do Brasil, porém só foi erguido efetivamente o Forte D. Pedro II em Caçapava do Sul.  Em Jaguarão, o projeto seria no Cerro da Pólvora, porém ainda não temos evidência que tenha sido iniciado. O trabalho arqueológico realizado em janeiro de 2011 nas ruínas da Enfermaria, dentro do Processo da criação do Centro de Interpretação do Pampa, não identificou nenhum registro.


Enfermaria Militar.

             Em 23 de novembro de 1855 Jaguarão é elevada a Cidade.  É considerado o 12º município gaúcho.  Em 1864, inicia-se as obras do atual Mercado Público, concluído em 1867.Em 27 de Janeiro de 1865, aconteceu o célebre conflito com os orientais, dentro do contexto das guerras platinas.  Para desviar a atenção do Brasil sobre Montevidéu, o Cel. Munhós ataca Jaguarão, entrando pelo Paço da Armada.   A Guarnição local, em número inferior, sob o comando do Cel. Manuel Pereira Vargas, juntamente com os policiais e a população local, conseguiu resistir, até a recuada dos invasores.  Isto rendeu a Jaguarão o título de Cidade Heróica.
      Jaguarão se manteve entre as principais cidades gaúchas, tanto na política como na economia, até o início do século XX. Seu desenvolvimento recuou quando construida a ferrovia Rio Grande-Bagé e posteriormente Montevidéo- Rio Branco, uma vez que sua economia baseava-se fundamentalmente no comércio com o Uruguai.  A posse de Carlos Barbosa no Governo do Estado em 1909 e a construção da Ponte Internacional Mauá, concluída em 1930, fez com que a cidade ainda mantivesse status político e uma movimentação de capital e trabalho.

Construção da Ponte Internacional Mauá.

Porém, nas décadas posteriores vai acontecer um recuo econômico que, mesmo mantendo status por um longo período, a cidade pouco a pouco vai perdendo prestígio e elementos que constituíam sua vida: aeroporto, fábrica de café, atividades culturais, jornais, políticos influentes no Estado, etc. Isto tudo passou a pesar no inconsciente das pessoas, chegando a formar-se a idéia negativa “Jaguarão, terra do já teve”. Este talvez seja o grande desafio para os atuais gestores, não apenas políticos, mas das mais variadas entidades da cidade.  Resgatar a auto-estima da população, demonstrar que Jaguarão é uma “Jóia rara da arquitetura brasileira” e que estava em processo de hibernação, mais ou menos como foi-nos colocado por um fotógrafo da National Geográfic que aqui esteve em setembro de 2009.
       A publicidade estadual e nacional em torno do Tombamento do Centro Histórico da Cidade, e do tombamento Binacional da Ponte Internacional Mauá, é um elemento que vem demonstrar este novo caminho, ou nova maneira de caminhar. Agora é cuidar e aproveitar aquilo que, na maioria das cidades, sobretudo as de grande porte, não existe mais, e que aqui temos em abundância: um patrimônio material e imaterial invejável. Se conseguirmos superar as limitações que possuímos, e partimos para a ofensiva, seguramente esta cidade, juntamente com seu entorno e a cidade irmã Rio Branco (Uruguai), será parada obrigatória para qualquer viajante ou turista.   “Somos uma pérola que havia ficado perdida. Agora temos que nos apossarmos dela, e mostra-la para o resto do mundo.”
  Por: Carlos José de Azevedo Machado  (Prof. Maninho)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ENCONTRO DE ESCOLAS DE SURDOS

Nos dias 07 e 08 de outubro na cidade de Santa Maria/RS, ocorreu um Encontro de Escolas de Surdos. Neste encontro se fez presente mais de 30 cidades do Rio Grande do Sul, entre elas Jaguarão, onde participaram alunos da UNIPAMPA,  entre eles os bolsistas do PIBID-História, Kênya Martins e Hemã Santos.



 Alunos no alojamento (Patrícia, Renan, Roberta, Clarice, Milena, Kênya e Hemã)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

CULTURA, IDENTIDADE E PATRIMÔNIO: RE-CONHECENDO JAGUARÃO


 O presente trabalho tem como objetivo apresentar os primeiros relatos dos acadêmicos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, projeto do Governo Federal fincanciado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Neste sentido, os bolsistas apresentarão as primeiras impressões adquiridas através da iniciativa inserida em seus cotidianos, bem como as expectativas de desenvolvimento das atividades que promovam a Educação Patrimonial.
 Considerando que Jaguarão é uma cidade ao sul do Rio Grande do Sul, na fronteira do Brasil com o Uruguai, e que em maio do corrente ano comemorou o tombamento nacional do conjunto histórico e paisagístico do centro urbano, sendo o maior tombamento em número de exemplares protegidos do Estado. Neste contexto a prática docente desenvolvida pelos bolsistas PIBID tem a missão de sensibilizar e envolver a comunidade no exercício de cidadania e democratização das memórias coletivas.
             A escola selecionada para a aplicação do programa foi o Instituto Estadual de Educação Espírito Santo, e as turmas de atuação dos bolsistas foram escolhidas mediante observação prévia, sendo turmas de ensino médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos) . A escola é a maior da cidade e é composta por alunos de todos os bairros e diferentes realidades sociais. Desse modo, essa comunidade escolar oportuniza a observação de uma variedade de experiências de vida, o que será favorável para formação docente e para a compreensão e valorização da diversidade cultural.
             Os primeiros encontros foram no sentido de conhecer as turmas e promover uma conversação para que os alunos colocassem suas noções de patrimônio, bem como suas vivências.  Muitos alunos resgataram personagens curiosos e populares que recentemente faleceram. Surgiram histórias de locais da cidade, lendas, festividades e memórias dos pais e avós. Este primeiro momento foi essencial para que os alunos, estimulados pelos bolsistas, compartilhassem os seus conhecimentos e suas experiências, reconhecendo-se como parte fundamental da sociedade em que vivem e como produtores da cultura local.
            Tendo em vista que as atividades em sala de aula começaram no mês de agosto e que terão durabilidade de dois anos, ainda não há resultados finais para serem apresentados. No entanto, há grandes expectativas por parte dos bolsistas e muito entusiasmo entre os estudantes, já que estão vivenciando uma proposta de dinâmicas interativas, não sendo meros receptores de conhecimento, e sim personagens ativos da História.




Por: Eleandro Vianna, Kênya Martins, Marcela de Liz, Michelle Pureza, Suelem Ribeiro e Thiara Gimenez.





JAGUARÃO: CONHECENDO HISTÓRIAS A PARTIR DO PATRIMÔNIO.



Nosso trabalho tem como objetivo,  apresentar a educação patrimonial na cidade de Jaguarão-RS, para as turmas de 1° EJA e 2° ano de ensino médio do Instituto Estadual de Educação Espírito Santo, buscando incentivar as práticas de valorização e preservação através do conhecimento dos patrimônios locais.
O Município de Jaguarão, com cerca de 30.000 habitantes, localiza-se no extremo sul do país e faz fronteira com o Uruguai.  Possuindo mais de 800 prédios já catalogados na Prefeitura Municipal, é conhecida por suas construções que datam da metade do século XIX, na qual conservam vários estilos arquitetônicos.
Com a necessidade de transmitir não só o conhecimento, mas ensinar a valorizar os bens da cidade e no intuito de incentivar a docência, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- PIBID, financiado pela CAPES entra em ação nas escolas. O trabalho de educação patrimonial fará com que os alunos unam a teoria à prática, pois terão contato direto com sua herança cultural, aguçando o conhecimento crítico e apropriando-se do patrimônio, bem como constituindo o saber da preservação e o reconhecimento.
Segundo Rodrigues (1996, p.195), patrimônio histórico “é uma vertente particular da ação desenvolvida pelo poder público para a instituição da memória social” e atualmente o patrimônio tem se estendido a todos os lugares ou atividades culturais levados a cabo por grupos sociais.

A disciplina História utiliza o patrimônio para fornecer informações referentes ao passado de sociedades sobre as representações da memória coletiva, desenvolvendo o pensamento crítico e histórico dos alunos. Desta forma, o foco principal da educação patrimonial é ativar a memória e a percepção buscando a reconstrução da identidade, dentro das comunidades produtoras destes bens. Neste sentido, nosso primeiro passo foi buscar uma aproximação dos alunos com os bairros, iniciando com a visita a Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA, localizada no bairro Kennedy.  Incentivando o reconhecimento dos alunos sobre o patrimônio imaterial, organizamos uma oficina, a fim de identificarmos os conhecimentos prévios de cada aluno.
O projeto iniciou-se no mês de Agosto/2011, por isso está em processo de desenvolvimento, os primeiros resultados obtidos nos revelou o pouco conhecimento da comunidade sobre patrimônio imaterial. Conforme Lévi Strauss o patrimônio imaterial é o único que nasce, vive e morre, então para despertar o interesse dos alunos iremos aos bairros buscando histórias através de narrativas, mediando à importância de defender a imaterialidade dos bens patrimoniais. 

Por: Kênya Jessyca Martins de Paiva e Michelle Pureza de Lima.
Supervisor: Carlos José de Azevedo.
Orientadora: Ângela Ribeiro

2º SIPERE Seminário sobre Impactos de Políticas Públicas nas Redes Escolares e 2° SIUE Seminário sobre Interação Universidade/Escola

Entre os dias 31 de agosto e 03 de setembro os bolsistas do PIBID História e PET/ PIBID Pedagogia participaram do Seminário sobre Impactos de Políticas Públicas nas Redes Escolares e Seminário sobre Interação Universidade/Escola, ocorrido na Universidade Federal de Santa Maria./RS. 

Na foto, com o professor Vitor Henrique Paro da USP, Luis augusto, professora Jane (Orientadora PIBID Pedagogia), Kênya, profª Ângela (Orientadora do PIBID História) e Hemã.

HOMENAGEM AO ESCRITOR JAGUARENSE ALDYR SCHLEE

Em homenagem ao escritor jaguarense, Aldyr Garcia Schlee, a rua ao lado do Mercado Público foi batizada no dia 20 de agosto, com o nome de “Uma Terra Só”. O início do evento ocorreu na Casa de Cultura, onde Schlee realizou uma sessão de autógrafos das obras "Contos de Verdade" e "Uma Terra Só". Na sequência aconteceu a solenidade de denominação da rua. As bolsistas Kênya Martins e Michelle Pureza, bem como o supervisor Carlos José Azevedo do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, também estiveram presentes no evento.


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Visita dos alunos do 2ª A (IEEES) à Unipampa

Alunos do ensino médio, bolsistas e orientadora

 Academicos de pedagogia conversando com os alunos sobre o curso

 Nesta segunda-feira, os alunos da turma 2º A (ensino médio)do Espírito Santo, escola da rede estadual de ensino da cidade de Jaguarão foram à Unipampa, universidade situada na mesma cidade. O intuito da visita era a interação entre a Universidade e a Escola, tendo em vista que os alunos concluirão o ensino médio ano que vem, não reconheciam o espaço da universidade como deles e não conheciam suas dependências. Neste encontro priorizamos a conversa, mostramos para eles como se constituem os cursos, através do relato dos acadêmicos, mostrando o que fazemos realmente, quebrando os pré-conceitos com relação as licenciaturas. Além disso mostramos as instalações, um pouco dos processos burocráticos que movem a Universidade e alguns dos projetos desenvolvidos na instituição.