Pibidianos

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sábado, 22 de dezembro de 2012

Feliz Natal e um ótimo 2013!


Visita à Unipampa- Intervenção na 8ª Etapa EJA

Intervenção na turma 8º Etapa EJA
Bolsistas ID: Carlos Pacheco e Kênya Martins

     Esta intervenção na turma da 8ª etapa EJA, foi realizada em conjunto com as colegas Suellen e Patricia. Antes as turmas eram separadas, havia a turma 8ª A e a 8ª B, mas com a evasão de alguns alunos, a direção da escola resolveu unir as turmas, tornando-as uma só. Considerando que cada dupla do pibid trabalhava numa turma, tivemos que repensar as práticas.



       No primeiro momento, fizemos uma saída de campo para conhecer a Unipampa, levamos ambas as turmas, os alunos adoraram e puderam conhecer um pouco do funcionamento de uma universidade federal, ouviram relatos dos professores de Letras, Pedagogia e História, bem como dos funcionários da Biblioteca, da Segurança e da Limpeza. Levamos quase uma hora apresentando a Unipampa, os alunos estavam fervorosos para saber tudo, questionaram acerca das disciplinas, a quantidade de leitura submetida aos alunos, sobre as bolsas de permanência e assistência estudantil, entre outras perguntas. No término da visita provocamo-los sobre as diferenças entre a escola IEEES e esta instituição de ensino. Geramos um curto, mas fundamental debate.

Na escada em frente a Unipampa

        Ao voltarmos para a escola, esperamos a Suellen e a Patricia se despedirem dos alunos (esta era a última intervenção delas) e conseguimos mais um período com a professora de Espanhol e então apresentamos um curta que traz abordagem sobre a Cultura. Consistia numa série de pessoas de vários países, respondendo perguntas como “O que é e quem tem cultura”. Seguido do vídeo conversamos com eles e questionamos sobre esta última pergunta.

      Aproveitamos o gancho para reiterar aspectos que caracterizam as discussões políticas sobre o patrimônio. Deixamos que eles fizessem reflexões sobre a real importância do patrimônio jaguarense e de quem era tal patrimônio. Finalmente partimos para a prática, convidamos os alunos para fazer uma roda no pátio da escola e deixamos a cargo de um deles, organizar a roda. Com os alunos a postos, colocamos no chão vários objetos e pedimos a eles que pegassem um e fizessem reflexões sobre a representatividade dele em sua vida. A dinâmica durou todo o período, foi muito divertida, rimos e conhecemos um pouco da história de vida dos nossos alunos e também dos alunos que foram da Suellen e Patricia.


       Foi uma surpresa que por fim rendeu bons resultados, trabalhamos com a improvisação, pois não sabíamos que a quantidade de alunos iria redobrar nesta intervenção. A dinâmica nos permitiu conhecer outras experiências, desenvolver a capacidade de comunicação e o prazer de ouvir o outro. Tudo isso, desperta o cuidado, respeito e socialização de vivências que fazem parte do nosso intuito como educador e que envolvem o que nós entendemos por patrimônio cultural.

 Bibliografia utilizada:
CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC, 1999.

GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília/DF: IPHAN, 2007.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 67, Acultura condiciona a visão de mundo do homem. 14 ed. Rio de janeiro.




                                                                             Por Kênya Martins


Intervenções no 2º D (Ensino Médio/noturno)



Intervenção na turma 2º D Ensino Médio (noturno)
Bolsistas ID: Carlos Pacheco e Kênya Martins


Na nossa segunda intervenção no 2º D, o objetivo geral foi prepará-los para o conhecimento e discussão acerca das fontes utilizadas para o estudo da História, especialmente as que tangem a temática do patrimônio. Para isso, buscamos aprimorar o conhecimento dialogando a respeito do ofício do historiador e aproximando os alunos da temática do patrimônio local. Realizamos uma aula expositiva dialogada com o uso de música e slides trazendo imagens das fontes históricas. Além disso, levamos algumas fontes para o manuseio dos alunos. Por fim, seria proposta uma atividade individual de escrita contendo as impressões dos alunos sobre a aula, porém o andamento das discussões foram maiores do que o previsto e a avaliação não foi concretizada. 

Alunos dialogando e questionando durante a intervenção


Na problematização do oficio do historiador e as fontes nas quais ele utiliza, escolhemos abordar principalmente as fontes escritas, orais, arqueológicas e audiovisuais. O que mais rendeu diálogo foi estas últimas, já que falamos dos meios de comunicação, destacamos a TV, pois eles refletiram mais sobre as questões relevantes da utilização desse meio. Um dos alunos ressaltou que “existe muita manipulação das notícias para transformar as pessoas em alienadas, evitando dessa maneira uma revolução”. 


Pibidianos Carlos Pacheco e Kênya Martins

Explicamos as diferenças das visões sobre determinado fato, exemplificamos subindo à cadeira e mostrando o quanto posições diferentes podem modificar as visões dos fatos, apagar ou dar enfoque aos acontecimentos. Chamamos atenção sobre a Verdade Histórica, que as coisas nos chegam como verdadeiras e exatas, sendo o maior desafio do historiador buscar novas interpretações e não assumir como único um saber, especialmente aquele que se propõe a ser educador.

A turma é muito envolvida e participativa, foi uma intervenção extremamente calorosa, em todos os momentos havia alunos questionando e nos provocando novos pensamentos. Por causa disso, não conseguimos realizar a atividade avaliativa. Todavia, saímos realizados, ainda mais ao ouvir uma das alunas afirmando ser está “sim, uma aula de verdade”. Por trazermos assuntos que permeiam a realidade dos mesmos, a intervenção nos permitiu conhecer e discutir, desenvolver a concepção crítica dos alunos e nos inserir no ensino de maneira dinamizadora e envolvente.


Relato da Terceira  Intervenção:

A terceira intervenção se deu através de uma aula expositiva dialogada com uso de diversos objetos. No primeiro momento, problematizamos questões referentes ao saber histórico deles, trazendo características de Jaguarão e questionando sobre seus conhecimentos acerca de seu título de patrimônio cultural. Com o uso de slides, levamos as respostas das perguntas (O que é e para quê serve a história?) respondidas na primeira intervenção para travarmos um debate. Logo após, com todos os alunos em círculo realizamos uma dinâmica na qual, através de diversos objetos, os alunos representaram sua cultura/patrimônio.

Priorizamos o estudo da história de maneira mais interessante e com uso de fontes. Ajudamos a fazê-los perceber o quão importante é o estudo do lugar onde vivemos para podermos compreender a história micro e macro. Se não nos sentimos parte da história, como poderemos deixar de pensar nela como entediante, sem serventia e relacionada à decoreba? Conversamos com eles e juntos pensamos no patrimônio para o ensino, pois sendo algo ligado a cultura, fruto de motivações de um período pode nos trazer a oportunidade de indagações como: Qual aspecto cultural envolve? Qual contexto histórico pode ser trabalhado a partir dele? Quais foram, quais são seus usos? Por que é considerado como patrimônio pelos órgãos públicos? Você o considera patrimônio? Quem construiu esta ideia de patrimônio?

Juntos traçaram outras ideias do que seria este patrimônio, por vezes estigmatizado como sendo “coisa de rico” e através da dinâmica dos objetos, podemos nos conhecer melhor e observar que nossas vidas são repletas de histórias, nossas cidades são repletas de histórias, que a escola é repleta de histórias e que todas elas servem para nos compreendermos como ser social e histórico.

Turma reunida, os pibidianos Raniere e Hemã participaram  como ouvintes da nossa intervenção.

           




Bibliografia utilizada: 

PINSKYCarla Bassanezi (org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005.

VEYNE, Paul Marie. Como se Escreve a História? Brasília, EDUNB, 1982.  

PELEGRINE, Sandra C. A.; FUNARI, Pedro Paulo A. O que é patrimônio cultural imaterial. São Paulo: Brasiliense, 2008.

POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, vol. 5, n. 10. Rio de Janeiro: p. 200-212, 1992.

SOUZA, Renato João de; PIRES, João Ricardo Ferreira.  Os desafios do ensino de História no Brasil. Professores em formação. ISEC/ISED, Nº1, segundo semestre de 2010. Disponível em: <http://www.funedi.edu.br/revista/files/edicoesanteriores/numero1/OsdesafiosdoensinodehistorianoBrasil.pdf> Acesso em: 16 out. 2012.

CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC, 1999.

GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília/DF: IPHAN, 2007.

CARDOSO, Ciro Flamarion. História e Paradigmas rivais. In: CARDOSO, Ciro Flamarion e V AINFAS, Ronaldo (Orgs.). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997, p. 01-32.   

CARR, E.H. Que é História? 6ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. 


Por Kênya Martins.



sábado, 15 de dezembro de 2012

Notícias e agradecimentos


Atenção amigos do PIBID História "Educação Patrimonial”


Nesta semana o grupo, juntamente com a coordenadora do Projeto professora Juliane Serres, esteve compenetrado na organização do relatório que deverá ser enviado para o institucional (Unipampa) e para a Capes (financiadora do PIBID). Logo abaixo temos o link com a maioria das informações sobre as nossas atividades na escola IEEES, eventos organizados por nós, trabalhos aprovados para comunicação e pôster, planos de aula, fotos, reflexões e diversos documentos. 

Sintam-se a vontade para conhecer ainda mais as ações desenvolvidas por este grupo. Além disso, queremos agradecer e ressaltar o enorme sentimento de felicidade  ao vermos que a cada dia aumenta os parceiros e curtidores da nossa página no facebook.

 Obrigada a todos e a todas por acreditarem e fazerem parte deste projeto! 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Relato de Experiência, Oficina de Teatro e Confraternização



Esta quarta-feira (05/12) foi marcada por uma série de atividades pibidianas. Pela manhã o grupo recebeu a visita da Natália Martins de Oliveira Gonçalves, mestranda na UFPEL e membro do Núcleo de Estudos Oeste de Minas, vinculado à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (NEOM - ABPF). Na sua graduação foi participante do PED- Programa de Estímulo à Docência –“Ensino de História e Identidades Locais” na Universidade Federal de Ouro Preto/MG. Natália trouxe seus sinceros relatos de experiência em sala de aula, durante o período em que participou desse programa que funciona de maneira muito parecida com o PIBID. O grupo se entusiasmou ao conhecer o trabalho dela e de seu parceiro Bráulio.



A partir das 14h, o historiador e ator Darlan de Mamann Marchi esteve com os píbidianos para realizar uma oficina sobre Teatro e educação. Darlan possui graduação em História pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI Campus Santo Ângelo (2007) e especialização em Docência para o Ensino Superior pelo Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (2010).  É funcionário da Secretaria Municipal de Cultura de Santo Ângelo/RS e ator do Grupo de Teatro “A Turma do Dionísio”. Atualmente, assim como a Natália, é aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas.

A oficina preparada para os pibidianos teve dois momentos.  Na primeira parte discutimos a cerca dos aspectos que caracterizam o teatro, o teatro na visão de Augusto Boal, bem como sua relação com a educação e as possibilidades para o Ensino de História. Através das experiências trazidas pelo historiador, tanto no seu grupo “A turma de Dionísio”, como durante seu trabalho em um Ponto de Cultura de Santo Ângelo, pode-se perceber o quanto é imensa as oportunidades de sairmos do âmbito do discurso e realizarmos dinâmicas com nossos alunos através do uso das técnicas teatrais. No segundo momento, tivemos a prática na qual foram feitas várias dinâmicas que animaram o grupo.

O grupo agradece a Natália e ao Darlan pela disponibilidade em compartilhar com o PIBID as experiências e a vontade de transformar para melhor o ensino de história.

Darlan deixou algumas sugestões de leituras, seguem logo abaixo:
- Augusto Boal
Hamlet e o filho do padeiro. Memórias Imaginadas;
Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas;
Jogos para atores e não atores.
- Viola Spolin
Jogos teatrais na sala de aula.

Mas não para por ai!
À noite os pibidianos se reuniram na casa do bolsista Edson Sousa para fazer uma confraternização e realização de um Amigo Secreto. Combinamos de levar pratos, salgados e/ou doces, e também um livro (os papeis com os nomes do amigo secreto foram retirados na hora). A festa foi marcada por boas risadas e declarações de afeto e carinho.
Um dia realmente intenso e produtivo!
Foto de Crismara Gaia

Link do currículo dos historiadores Natália e Darlan: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4464383H3
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4490139Y5





Exposição: Conhecendo e compartilhando os bens de Jaguarão


A exposição realizada entre os dias 19, 20 e 21 de novembro no Instituto Estadual de Educação Espírito Santo IEEES, se fundamentou nas respostas de cerca de 200 alunos, na seguinte pergunta: O que você mais gostaria de conhecer em sua cidade?



Foto de Kênya Martins


Foto de Kênya Martins


Fizemos então uma lista e dividimos em dez patrimônios, cada bolsista ficou responsável por pesquisar um bem. Os mais votados foram: Ponte Internacional Mauá, Enfermaria Militar, Clube Instrução e Recreio, Casa de Cultura, Santa Casa de Caridade, Museu Carlos Barbosa, Praça Alcides Marques, Igreja Imaculada Conceição, Mercado Público e Teatro Esperança.

A apresentação foi marcada pela presença de vários alunos desde a educação infantil até a EJA. Os bolsistas foram divididos em grupos de trabalho para que pudessem estar presente durante todo o período da realização da exposição. Além disso, foram marcados pontos estratégicos para colocar os pôsteres: em frente à biblioteca, próximo a secretaria, em frente à sala de vídeo, etc.


O grupo agradece a participação dos estudantes, bem como, a parceria dos professores em levá-los até a exposição ou reservar um tempinho da aula para deixar os alunos conversar conosco. Foi muito prazeroso para nós responder as questões e puder compartilhar um pouco da história que compõem Jaguarão.

Foto de Kênya Martins

Obrigada!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

PIBIDIANOS APRESENTAM TRABALHOS NO SIEPE 2012



O Salão Internacional de Ensino Pesquisa e Extensão (SIEPE) é um evento que envolve pesquisadores, servidores, acadêmicos, professores e profissionais da educação. Em 2012, o SIEPE está na sua quarta edição e será sediado pelo Campus Bagé da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) nos dias 26, 27 e 28 de novembro. A diversidade dos sujeitos que se desenvolvem ao elaborarem as grandes áreas do conhecimento partilharão seus trabalhos e projetos, fruto de suas experiências de extensão, pesquisa e ensino. Neste ano, o encontro teve como tema central "Compartilhe Saberes, vivencie Experiências e almeje Sustentabilidade".
Os pibidianos estiveram presentes, apresentando trabalhos nos três eixos, bem como oficinas, buscando assim compartilhar suas pesquisas e conhecimentos. O evento foi um espaço de interação e de diálogo não apenas com estudantes da Unipampa como também com discentes de outras instituições de ensino. Além disso, um dos integrantes do nosso grupo, Edson Sousa, teve seu trabalho na área das ciências humanas premiado. Este prêmio traduz o quanto o Pibid História “Educação Patrimonial” está crescendo e se fortalecendo, nós integrantes estamos muito felizes em saber que o trabalho do grupo está ganhando reconhecimento.
Por isso, Parabenizamos ao Edson, à nossa Coordenadora Juliane Serres e a todos nós pelo ótimo trabalho que estamos fazendo!

Abaixo segue a relação dos trabalhos e oficinas apresentados:
Autores: Edson Sousa Lucas de Araujo; Pereira, K.C. ; Cunha, C.O.P.; Serres, J.C.P.; Teixeira, C.

Autores: Michelle Pureza de Lima; Josi Tormam; Suellen Dias Tourança Ribeiro ; Patrícia Virginia Padula Medeiros ; Juliane Serres; Carlos José Azevedo

Autores: KENYA JESSYCA MARTINS DE PAIVA; Kênya Jessyca Martins de Paiva ; Michelle de Lima Pureza; Milena Rosa Araujo Ogawa; Juliane Conceição Primon Serres; Carlos José Azevedo Machado

Autores: Eleandro Viana da Rosa; Raniere de Oliveira Santos Dourado; Juliane Conceição Primon Serres

Oficinas:

-Arte é educação: uma possibilidade de ensino/aprendizagem através da experiência teatral
Ministrantes: Kênya Jessyca Martins de Paiva; Luis Eduardo Alimena Pinho; Milena Rosa Araújo Ogawa; 
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: kenya.paiva@hotmail.com; julianeserres@gmail.com
Ministrante: Marcela de Liz; Josias de Oliveira Peixoto Junior
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: marceladeliz@gmail.com; julianeserres@gmail.com


Resumos dos trabalhos apresentados no SIEPE:

Cultura, saúde e política no século XIX: possibilidades de ensino sobre a construção e o reconhecimento do patrimônio na cidade de Jaguarão - RS

Autores: [A]Edson Sousa Lucas de Araujo (edsonsousa88@hotmail.com); [1]Pereira, K.C. (kah_cp@hotmail.com); [2]Cunha, C.O.P. (carlos-opc@hotmail.com); [O]Serres, J.C.P. (julianeserres@gmail.com); [C]Teixeira, C. (caca_0202@hotmail.com)


Resumo:
O presente trabalho está inserido no Programa de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID), subprojeto História - Educação Patrimonial. Esse programa atua na cidade de Jaguarão desde ano de 2010 e trabalha no Instituto Estadual de Educação Espírito Santo (IEEES) com os níveis fundamental, médio e educação para jovens e adultos (EJA). Para nortear o projeto, foi realizado um questionário junto aos alunos, no qual, em uma das perguntas pedia-se para que fossem citados três bens patrimoniais da cidade. Após esse levantamento, foram realizadas dez pesquisas históricas sobre os diferentes bens elencados nas primeiras colocações, que serviram como base para o desenvolvimento das intervenções na escola. O trabalho no IEEES tem por objetivo utilizar o patrimônio local como instrumento para o ensino de história, valorizando a história da cidade, transpondo as visões históricas do macro (história do Brasil), utilizadas usualmente, para o micro (história de Jaguarão), fazendo com que os estudantes se reconheçam como agentes ativos dos processos históricos. Outra preocupação do projeto é trabalhar a preservação da memória local, no sentido de conscientizar os alunos para as potencialidades patrimoniais do município, compartilhando esses bens com a população local. Para apresentação do presente trabalho, foi esolhida uma atividade realizada em conjunto por três bolsistas, cada um responsável pela pesquisa de um dos bens elencados pelos alunos. A proposta consistiu na inter-relação dos bens, com o intuito de ampliar as noções de tempo e espaço, que são tarefas do ensino de história, conciliando-as com o nosso eixo temático que é o patrimônio. A metodologia aplicada na realização do trabalho consiste em aulas planejadas entre os bolsistas e os supervisores da escola, integrando o conteúdo dado em sala de aula, a história local e os bens levantados na pesquisa quantitativa. Os bens utilizados para a construção desse trabalho são: o Museu Dr. Carlos Barbosa Gonçalves, a Santa Casa de Caridade de Jaguarão e o Teatro Esperança. Ambos os bens são fruto de um momento de efervescência cultural, econômica, política e social que acometiam o Brasil como um todo, não sendo diferente na cidade de Jaguarão. Esse momento é fruto do processo de transição que levou a proclamação da República. Durante o século XIX, começaram a acontecer uma série de mudanças no Brasil, que muito antes de 1889, já davam sinais do que estava por vir. Diversos movimentos como as associações de escravos, as formações dos partidos republicanos, o surgimento das Santas Casas, de espaços culturais, como os teatros, e uma série de outros indicativos, apontavam os rumos que a nossa sociedade iria almejar futuramente. A cidade de Jaguarão também sofreu os reflexos desse período, principalmente pelo fato de sua econômica estar a todo vapor no período. Os bens apontados acima são resultado dessa série de transformações, que não só podem, como devem, ser relacionados entre si, para a aproximação dos alunos com a história local e com o patrimônio, construindo assim, uma visão histórica mais ampla mais próxima da sua realidade.

A importância da Educação Patrimonial no ambiente escolar
Autores: [A]Michelle Pureza de Lima (chellygdt@hotmail.com); [1]Josi Tormam (josi_tormam_jag@hotmail.com); [2]Suellen Dias Tourança Ribeiro (sukinha_ribeiro@hotmail.com); [3]Patrícia Virginia Padula Medeiros (patricia_vpm@hotmail.com); [O]Juliane Serres (julianeserres@hotmail.com); [C]Carlos José Azevedo (cjmaninho@gmail.com)

Resumo:
O patrimônio é um tema em voga na contemporaneidade. Em Jaguarão, muito se fala sobre o patrimônio, uma vez que a cidade teve seu conjunto arquitetônico tombado em 2010 pelo IPHAN. Porém, percebemos que esse assunto é ainda desconhecido para a maioria da comunidade, inclusive escolar.  Nesse sentido ressaltamos a importância da educação patrimonial no processo educacional, como estimuladora de práticas para preservação e valorização do patrimônio cultural. Este trabalho é fruto de nossa experiência no PIBID (Programa Institucional de Iniciação a Docência), que tem ênfase em educação patrimonial. Onde aplicamos um questionário aos alunos de Ensino Médio e EJA, com perguntas referentes ao patrimônio local/Jaguarão. A partir dos resultados notamos que os jovens entendem por patrimônio algo antigo, levando em conta os discursos que são reforçados pela elite, referindo - se a elite como quem pode impor as decisões para uma sociedade estabelecendo o que é importante para ser enaltecido. Nosso objetivo é salientar como a educação patrimonial se faz necessária no currículo escolar, desde as séries iniciais, pois o aluno/sociedade conseguirá assim, auxiliar na construção de uma sociedade mais participativa, no que se refere às questões patrimoniais da sua cidade bem como entender que também é um agente produtor da história. A metodologia para a educação patrimonial pode ser aplicada de várias formas, no nosso caso no ambiente escolar, trabalhamos com a aplicação de um questionário aos alunos, logo após, obtidos o resultados realizamos uma pesquisa sobre os bens que foram citados com maior interesse.  A partir disso entramos em sala de aula, no ensino fundamental nas turmas de 6ª séries, com a intenção de despertar, num primeiro contato, a curiosidade dos alunos com relação ao tema. Em sala de aula percebemos que quando indagados sobre o assunto, os alunos se mostram bastante interessados, porém a maioria não possui maiores entendimentos sobre o tema, usamos slides de Power Point, dinâmicas, visitas, entrevistas, numa forma de aproximar e apropriar o aluno do seu patrimônio e da história da cidade. Os resultados são percebidos a cada intervenção e relatos dos alunos em conversas, nas quais eles conseguem compreender o contexto da cidade quando as edificações - hoje consideradas bens - foram construídas e o porquê hoje estes bens são considerados patrimônio, bem como e sua importância para a cidade. Considerando que o trabalho esta em andamento observou-se que a educação patrimonial colabora na formação não só dos alunos, mas dos professores, fazendo com que se tornem sujeitos conscientes e atentos nas questões ligadas ao meio onde vivem. 

Iniciação à docência: a educação patrimonial no município de Jaguarão/RS
Autores: [A]KENYA JESSYCA MARTINS DE PAIVA (kenya.paiva@hotmail.com); [1]Kênya Jessyca Martins de Paiva (kenya.paiva@hotmail); [2]Michelle de Lima Pureza (michellepurezadelima@hotmail.com); [3]Milena Rosa Araujo Ogawa (milena_ogawa@yahoo.com.br); [O]Juliane Conceição Primon Serres (julianeserres@gmail.com); [C]Carlos José Azevedo Machado (cjmaninho@gmail.com)


Resumo:
Nosso trabalho tem como objetivo, fomentar questões patrimoniais do município Jaguarão-RS, nas turmas de 1° EJA e 2° ano de Ensino Médio do Instituto Estadual de Educação Espírito Santo. Com a necessidade de incentivar a docência, dialogando sobre a valorização dos bens da cidade, nós bolsistas do PIBID- financiado pela CAPES - entramos em ação nas escolas. Através da disciplina História utilizamos o patrimônio para fornecer informações referentes ao passado/presente das sociedades, representadas pela memória coletiva, pretendemos assim desenvolver o pensamento crítico e histórico dos alunos. A metodologia utilizada na construção do conhecimento se deu primeiramente, através de questionários visando compreender os sentimentos de cada aluno e seus conhecimentos a cerca do tema: Patrimônio. Logo após, focamos num diálogo sobre o significado da palavra Cultura, já que muitos alunos no questionário evitaram responder esta pergunta e ainda interrogaram-nos sobre seu sentido. Além disso, as aulas foram compostas por variadas dinâmicas, amostra de vídeos sobre patrimônios brasileiros e locais, visita à Unipampa e ao Cine Regente. Com o intuito de obter uma parcial dos resultados alcançados, provocamos intensamente um debate sobre o sentido do patrimônio, pedindo aos alunos que respondessem questões referentes ao patrimônio estudado até o momento. Realizamos as intervenções no segundo semestre de 2011, mas foi nesse ano que compreendemos os frutos, já que aplicamos um questionário com perguntas referentes ao patrimônio de Jaguarão em todas as turmas de Ensino Médio e EJA e para nossa motivação, os resultados obtidos foram satisfatórios comparados com as turmas que não tiveram ações do PIBID. Nesse sentido, reforçamos a importância de trabalhar com a educação patrimonial na escola, não só nas séries finais, mas a partir da Educação básica, momento em que a criança está desenvolvendo sua aptidão crítica e compreensão do espaço/tempo em que vive reconhecendo-se como produtora dessa história.

A Enfermaria Militar de Jaguarão – um bem patrimonial em debate
Autores: [A]Eleandro Viana da Rosa (eleandroviana@gmail.com); [1]Raniere de Oliveira Santos Dourado (raniere.dourado@hotmail.com); [O]Juliane Conceição Primon Serres (julianeserres@gmail.com)
Resumo: Compreendendo a pesquisa como parte da atividade docente, uma das ações realizadas no Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) realizou-se por meio da pesquisa sobre um bem patrimonial específico da cidade de Jaguarão, a Enfermaria Militar. A proposta apresentada no subprojeto História-Educação Patrimonial era conhecer o bem edificado, compreender seus significados e discutir seus usos, junto aos alunos do Instituto Estadual de Educação Espírito Santo (IEEES).  O tema é de grande interesse, uma vez que, a antiga enfermaria, construída em 1883, em breve será convertida no Centro de Interpretação do Pampa.             O tema foi pesquisado por meio de fontes primárias, como jornais, documentos históricos, fotografias, bibliografia, sites e diálogos com a comunidade. O presente trabalho pretende relatar a experiência em sala de aula na abordagem do tema. Primeiramente as aulas foram ministradas de forma dialogada para conhecer a realidade dos alunos, sua relação com a idade, os bens da cidade, seus conhecimentos prévios sobre o bem em questão. Utilizando o conhecimento dos educandos, em seguida passamos a trabalhar temas mais específicos que envolvem noções de patrimônio, tombamento, usos, monumentos históricos e artísticos, diretrizes do IPHAN, entre outros. Desta aproximação inicial, podemos perceber que, os alunos atribuem grande importância ao patrimônio local, como algo presente em suas vidas, ao mesmo tempo, sentem vontade conhecer mais sobre a história da própria cidade, para realmente entenderem os sentidos do patrimônio. A educação patrimonial na Escola pode colaborar para essa aproximação.
  [1] Graduando em História e Bolsista PIBID – Universidade Federal do Pampa - Autor [2] Graduando em História e Bolsista PIBID – Universidade Federal do Pampa - Co-autor. [3] Prof. Dra. História – Universidade Federal do Pampa - Orientadora

Oficinas:
-Arte é educação: uma possibilidade de ensino/aprendizagem através da experiência teatral
Ministrantes: Kênya Jessyca Martins de Paiva; Luis Eduardo Alimena Pinho; Milena Rosa Araújo Ogawa; 
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: kenya.paiva@hotmail.com; julianeserres@gmail.com
Resumo: A história busca compreender os processos e comportamentos humanos para construir uma narrativa histórica que servirá para a compreensão dos processos pelos quais o homem passa. A arte também se concretiza através de obras e ações humanas focadas em diversas épocas e em variados aspectos sociais. O fazer artístico comunica e expressa sentimentos e pensamentos, da mesma forma é o professor que se utiliza de formas interativas para se comunicar com os alunos, tecendo uma rede de relações que ajudará na prática de ensino e aprendizagem. Com base em Stanislavisky e Augusto Boal, nessa oficina provocaremos questões enfatizando a arte teatral como prática educativa por si só, ressaltando que o termo teatro comporta variadas tendências e também práticas cabíveis de inserção no desenvolvimento escolar. Esta se concentrará em três momentos: as origens do teatro, os seus usos para a educação e por fim, lançaremos a ideia de realizarmos esquetes utilizando poemas de Shakespeare, Fernando Pessoa e Gil Vicente, bem como uma composição coletiva com a temática a ser decidida entre o grupo. A prática proporcionará a oportunidade de momentos que envolvam trocas entre o fazer e o ensinar, contribuindo para o autoconhecimento, desinibição, socialização, construção da cooperação, respeito e cuidado.
Ministrante: Marcela de Liz; Josias de Oliveira Peixoto Junior
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: marceladeliz@gmail.com; julianeserres@gmail.com
Resumo: Neste trabalho procuramos abordar a temática do patrimônio através de alguns aspectos históricos, simbólicos e culturais da Praça Dr. Alcides Marques, localizada na cidade de Jaguarão, município ao sul do Rio Grande do sul na fronteira com o Uruguai. Durante toda a sua trajetória a praça passou por diversas modificações em seu espaço. Além das transformações na sua estrutura e na forma com que era utilizada, foram nela colocados diversos bustos e monumentos que procuram caracterizar a cidade, dando voz a um discurso hegemônico de grandes feitos, de heróis. Esses monumentos, para além de homenagear esses sujeitos, procuram evidenciar alguns acontecimentos e narrativas que compõe a identidade dos cidadãos jaguarenses. Para compreender a representatividade desses bustos e monumentos e a função da praça enquanto um espaço histórico produzido pelo homem e reflexo da sociedade (ou da forma com que aqueles que possuem o poder querem a representar).Iniciamos com uma breve narrativa sobre o surgimento e a construção da praça com o povoamento português e a fundação da vila militar, como esta praça se constituiu ao longo do tempo. Em um segundo momento, pretendemos trabalhar especificamente com a representatividade dos monumentos e os discursos que os legitimam, para tal atividade faremos uso de slides e apresentaremos um vídeo. Como esse espaço se encontra atualmente e qual seu grau de importância para a sociedade local?Será que as novas gerações se reconhecem enquanto pertencentes dessas memórias?Ou esses bustos permanecem esquecidos na praça como símbolo de uma época que já não nos pertence mais? Muitos traços permaneceram outros foram modificados. Mas a praça não deve ser vista como um lugar do passado, ela é um espaço do presente, onde a todo o momento a história está sendo constituída e transmitida em diferentes visões, épocas e modelos. E finalmente, a proposta de prática é que cada ouvinte da oficina possa moldar em argila, ou desenhar no papel algo que considera seu patrimônio e que gostaria de deixar para a posteridade. Cada monumento será colocado na maquete da praça. Acreditamos que com essa atividade os ouvintes possam definir o que entendem por patrimônio e perceber como o patrimônio está presente em nossa vida, nas palavras e na forma com que são ditas, nos contos de nossos avós, nas edificações e para além do cimento e cal, estão presentes na história, nos sentimentos e nas memórias de cada um.


Link do Siepe para maiores informações do evento: http://www13.unipampa.edu.br/siepe/index.php?option=com_content&view=article&id=46&Itemid=53