Somos um grupo de bolsistas PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) do Curso de História, trabalhamos Educação Patrimonial no Instituto Estadual de Educação Espírito Santo, em Jaguarão - RS. Nosso trabalho se desenvolve buscando conhecer e compartilhar o patrimônio local sensibilizando a população para sua preservação e uso.
Pibidianos
sábado, 22 de dezembro de 2012
Visita à Unipampa- Intervenção na 8ª Etapa EJA
Intervenção na turma
8º Etapa EJA
Bolsistas ID: Carlos
Pacheco e Kênya Martins
Esta intervenção na turma da 8ª etapa
EJA, foi realizada em conjunto com as colegas Suellen e Patricia. Antes as
turmas eram separadas, havia a turma 8ª A e a 8ª B, mas com a evasão de alguns
alunos, a direção da escola resolveu unir as turmas, tornando-as uma só.
Considerando que cada dupla do pibid trabalhava numa turma, tivemos que
repensar as práticas.
No primeiro momento, fizemos uma
saída de campo para conhecer a Unipampa, levamos ambas as turmas, os alunos
adoraram e puderam conhecer um pouco do funcionamento de uma universidade
federal, ouviram relatos dos professores de Letras, Pedagogia e História, bem
como dos funcionários da Biblioteca, da Segurança e da Limpeza. Levamos quase
uma hora apresentando a Unipampa, os alunos estavam fervorosos para saber tudo,
questionaram acerca das disciplinas, a quantidade de leitura submetida aos
alunos, sobre as bolsas de permanência e assistência estudantil, entre outras
perguntas. No término da visita provocamo-los sobre as diferenças entre a
escola IEEES e esta instituição de ensino. Geramos um curto, mas fundamental
debate.
Na escada em frente a Unipampa |
Ao voltarmos para a escola, esperamos
a Suellen e a Patricia se despedirem dos alunos (esta era a última intervenção
delas) e conseguimos mais um período com a professora de Espanhol e então
apresentamos um curta que traz abordagem sobre a Cultura. Consistia numa série
de pessoas de vários países, respondendo perguntas como “O que é e quem tem
cultura”. Seguido do vídeo conversamos com eles e questionamos sobre esta
última pergunta.
Aproveitamos o gancho para reiterar
aspectos que caracterizam as discussões políticas sobre o patrimônio. Deixamos
que eles fizessem reflexões sobre a real importância do patrimônio jaguarense e
de quem era tal patrimônio. Finalmente partimos para a prática, convidamos os
alunos para fazer uma roda no pátio da escola e deixamos a cargo de um deles,
organizar a roda. Com os alunos a postos, colocamos no chão vários objetos e
pedimos a eles que pegassem um e fizessem reflexões sobre a representatividade
dele em sua vida. A dinâmica durou todo o período, foi muito divertida, rimos e
conhecemos um pouco da história de vida dos nossos alunos e também dos alunos
que foram da Suellen e Patricia.
Foi uma surpresa que por fim rendeu
bons resultados, trabalhamos com a improvisação, pois não sabíamos que a
quantidade de alunos iria redobrar nesta intervenção. A dinâmica nos permitiu conhecer outras
experiências, desenvolver a capacidade de comunicação e o prazer de ouvir o
outro. Tudo isso, desperta o cuidado, respeito e socialização de vivências que
fazem parte do nosso intuito como educador e que envolvem o que nós entendemos
por patrimônio cultural.
Bibliografia utilizada:
CUCHE, Denys. A noção de cultura nas
ciências sociais. Bauru: EDUSC, 1999.
GRUNBERG, Evelina. Manual de
atividades práticas de educação patrimonial. Brasília/DF: IPHAN, 2007.
LARAIA, Roque de
Barros. Cultura: um conceito antropológico. 67, Acultura condiciona a visão de
mundo do homem. 14 ed. Rio de janeiro.
Por Kênya Martins
Intervenções no 2º D (Ensino Médio/noturno)
Intervenção na turma 2º D Ensino Médio (noturno)
Bolsistas ID: Carlos Pacheco e Kênya Martins
Na nossa segunda intervenção no 2º D, o
objetivo geral foi prepará-los
para o conhecimento e discussão acerca das fontes utilizadas para o estudo da
História, especialmente as que tangem a temática do patrimônio. Para isso,
buscamos aprimorar o conhecimento dialogando a respeito do ofício do
historiador e aproximando os alunos da temática do patrimônio local. Realizamos
uma aula expositiva dialogada com o uso de música e slides trazendo imagens das
fontes históricas. Além disso, levamos algumas fontes para o manuseio dos
alunos. Por fim, seria proposta uma atividade individual de escrita contendo as
impressões dos alunos sobre a aula, porém o andamento das discussões foram
maiores do que o previsto e a avaliação não foi concretizada.
Alunos dialogando e questionando durante a intervenção |
Na problematização do oficio do historiador e as fontes nas quais ele
utiliza, escolhemos abordar principalmente as fontes escritas, orais,
arqueológicas e audiovisuais. O que mais rendeu diálogo foi estas últimas, já
que falamos dos meios de comunicação, destacamos a TV, pois eles refletiram
mais sobre as questões relevantes da utilização desse meio. Um dos alunos
ressaltou que “existe muita manipulação das notícias para transformar as pessoas
em alienadas, evitando dessa maneira uma revolução”.
Pibidianos Carlos Pacheco e Kênya Martins |
Explicamos as diferenças das visões sobre determinado fato,
exemplificamos subindo à cadeira e mostrando o quanto posições diferentes podem
modificar as visões dos fatos, apagar ou dar enfoque aos acontecimentos.
Chamamos atenção sobre a Verdade Histórica, que as coisas nos chegam como
verdadeiras e exatas, sendo o maior desafio do historiador buscar novas
interpretações e não assumir como único um saber, especialmente aquele que se
propõe a ser educador.
A turma é muito envolvida e participativa, foi uma intervenção
extremamente calorosa, em todos os momentos havia alunos questionando e nos
provocando novos pensamentos. Por causa disso, não conseguimos realizar a
atividade avaliativa. Todavia, saímos realizados, ainda mais ao ouvir uma das
alunas afirmando ser está “sim, uma aula de verdade”. Por trazermos assuntos
que permeiam a realidade dos mesmos, a intervenção nos permitiu conhecer e
discutir, desenvolver a concepção crítica dos alunos e nos inserir no ensino de
maneira dinamizadora e envolvente.
Relato da Terceira Intervenção:
A
terceira intervenção se deu através de uma aula expositiva dialogada com uso de
diversos objetos. No primeiro momento, problematizamos questões referentes ao
saber histórico deles, trazendo características de Jaguarão e questionando
sobre seus conhecimentos acerca de seu título de patrimônio cultural. Com o uso
de slides, levamos as respostas das perguntas (O que é e para quê serve a
história?) respondidas na primeira intervenção para travarmos um debate. Logo
após, com todos os alunos em círculo realizamos uma dinâmica na qual, através
de diversos objetos, os alunos representaram sua cultura/patrimônio.
Priorizamos o estudo da história de maneira mais
interessante e com uso de fontes. Ajudamos a fazê-los perceber o quão importante é o estudo do
lugar onde vivemos para podermos compreender a história micro e macro. Se não
nos sentimos parte da história, como poderemos deixar de pensar nela como
entediante, sem serventia e relacionada à decoreba? Conversamos com eles e
juntos pensamos no patrimônio para o ensino, pois sendo algo ligado a cultura,
fruto de motivações de um período pode nos trazer a oportunidade de indagações
como: Qual aspecto cultural envolve? Qual contexto histórico pode ser
trabalhado a partir dele? Quais foram, quais são seus usos? Por que é
considerado como patrimônio pelos órgãos públicos? Você o considera patrimônio?
Quem construiu esta ideia de patrimônio?
Juntos
traçaram outras ideias do que seria este patrimônio, por vezes estigmatizado
como sendo “coisa de rico” e através da dinâmica dos objetos, podemos nos
conhecer melhor e observar que nossas vidas são repletas de histórias, nossas
cidades são repletas de histórias, que a escola é repleta de histórias e que
todas elas servem para nos compreendermos como ser social e histórico.
Turma reunida, os pibidianos Raniere e Hemã participaram como ouvintes da nossa intervenção. |
Bibliografia
utilizada:
PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005.
VEYNE,
Paul Marie. Como se Escreve a História? Brasília, EDUNB, 1982.
PELEGRINE,
Sandra C. A.; FUNARI, Pedro Paulo A. O que é patrimônio cultural
imaterial. São Paulo: Brasiliense, 2008.
POLLAK,
Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, vol. 5,
n. 10. Rio de Janeiro: p. 200-212, 1992.
SOUZA,
Renato João de; PIRES, João Ricardo Ferreira. Os desafios do ensino
de História no Brasil. Professores em formação. ISEC/ISED, Nº1, segundo
semestre de 2010. Disponível em: <http://www.funedi.edu.br/revista/files/edicoesanteriores/numero1/OsdesafiosdoensinodehistorianoBrasil.pdf>
Acesso em: 16 out. 2012.
CUCHE,
Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC, 1999.
GRUNBERG,
Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília/DF:
IPHAN, 2007.
CARDOSO,
Ciro Flamarion. História e Paradigmas rivais. In: CARDOSO, Ciro Flamarion e V
AINFAS, Ronaldo (Orgs.). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia.
Rio de Janeiro: Campus, 1997, p. 01-32.
CARR,
E.H. Que é História? 6ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Por
Kênya Martins.
sábado, 15 de dezembro de 2012
Notícias e agradecimentos
Atenção amigos do PIBID História "Educação
Patrimonial”
Nesta semana o grupo, juntamente com a coordenadora do Projeto professora Juliane Serres, esteve compenetrado na organização do relatório que deverá ser enviado para o institucional (Unipampa) e para a Capes (financiadora do PIBID). Logo abaixo temos o link com a maioria das informações sobre as nossas atividades na escola IEEES, eventos organizados por nós, trabalhos aprovados para comunicação e pôster, planos de aula, fotos, reflexões e diversos documentos.
Sintam-se a vontade para conhecer ainda mais as
ações desenvolvidas por este grupo. Além disso, queremos agradecer e ressaltar
o enorme sentimento de felicidade ao vermos que a cada dia aumenta os parceiros e
curtidores da nossa página no facebook.
Obrigada a todos e a todas por acreditarem e fazerem
parte deste projeto!
Página
no Facebook http://www.facebook.com/PibidHistoriaunipampa
sábado, 8 de dezembro de 2012
Relato de Experiência, Oficina de Teatro e Confraternização
Esta quarta-feira (05/12) foi marcada
por uma série de atividades pibidianas. Pela manhã o grupo recebeu a visita da
Natália Martins de Oliveira Gonçalves, mestranda na UFPEL e membro do Núcleo de Estudos Oeste de Minas, vinculado
à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (NEOM - ABPF). Na
sua graduação foi participante do PED- Programa
de Estímulo à Docência –“Ensino de História e Identidades Locais” na
Universidade Federal de Ouro Preto/MG. Natália trouxe seus sinceros relatos de
experiência em sala de aula, durante o período em que participou desse programa
que funciona de maneira muito parecida com o PIBID. O grupo se entusiasmou ao
conhecer o trabalho dela e de seu parceiro Bráulio.
A partir das 14h, o historiador e ator Darlan de Mamann Marchi esteve
com os píbidianos para realizar uma oficina sobre Teatro e educação. Darlan possui
graduação em História pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Missões URI Campus Santo Ângelo (2007) e especialização em Docência para o
Ensino Superior pelo Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo
(2010). É funcionário da Secretaria Municipal de Cultura de Santo
Ângelo/RS e ator do Grupo de Teatro “A Turma do Dionísio”. Atualmente, assim
como a Natália, é aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Memória
Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas.
A oficina preparada para os pibidianos teve dois momentos. Na
primeira parte discutimos a cerca dos aspectos que caracterizam o teatro, o
teatro na visão de Augusto Boal, bem como sua relação com a educação e as
possibilidades para o Ensino de História. Através das experiências trazidas
pelo historiador, tanto no seu grupo “A turma de Dionísio”, como durante seu
trabalho em um Ponto de Cultura de Santo Ângelo, pode-se perceber o quanto é
imensa as oportunidades de sairmos do âmbito do discurso e realizarmos
dinâmicas com nossos alunos através do uso das técnicas teatrais. No segundo
momento, tivemos a prática na qual foram feitas várias dinâmicas que animaram o
grupo.
O grupo agradece a Natália e ao Darlan pela disponibilidade em
compartilhar com o PIBID as experiências e a vontade de transformar para melhor
o ensino de história.
Darlan deixou algumas sugestões de leituras, seguem logo abaixo:
- Augusto Boal
Hamlet e o filho do padeiro. Memórias Imaginadas;
Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas;
Jogos para atores e não atores.
- Viola Spolin
Jogos teatrais na sala de aula.
Mas não para por ai!
À noite os pibidianos se reuniram na
casa do bolsista Edson Sousa para fazer uma confraternização e realização de um
Amigo Secreto. Combinamos de levar pratos, salgados e/ou doces, e também um
livro (os papeis com os nomes do amigo secreto foram retirados na hora). A
festa foi marcada por boas risadas e declarações de afeto e carinho.
Um dia realmente intenso e produtivo!
Foto de Crismara Gaia |
Link do currículo dos historiadores Natália e Darlan: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4464383H3
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4490139Y5
Exposição: Conhecendo e compartilhando os bens de Jaguarão
A exposição realizada entre os dias 19, 20 e 21 de novembro
no Instituto Estadual de Educação Espírito Santo IEEES, se fundamentou nas respostas de cerca de 200
alunos, na seguinte pergunta: O que você mais gostaria de conhecer em sua
cidade?
Foto de Kênya Martins |
Foto de Kênya Martins |
Fizemos então uma lista e dividimos
em dez patrimônios, cada bolsista ficou responsável por pesquisar um bem. Os
mais votados foram: Ponte Internacional Mauá, Enfermaria Militar, Clube
Instrução e Recreio, Casa de Cultura, Santa Casa de Caridade, Museu Carlos
Barbosa, Praça Alcides Marques, Igreja Imaculada Conceição, Mercado Público e
Teatro Esperança.
A apresentação foi marcada pela
presença de vários alunos desde a educação infantil até a EJA. Os bolsistas
foram divididos em grupos de trabalho para que pudessem estar presente durante
todo o período da realização da exposição. Além disso, foram marcados pontos
estratégicos para colocar os pôsteres: em frente à biblioteca, próximo a
secretaria, em frente à sala de vídeo, etc.
O grupo
agradece a participação dos estudantes, bem como, a parceria dos professores em
levá-los até a exposição ou reservar um tempinho da aula para deixar os alunos
conversar conosco. Foi muito prazeroso para nós responder as questões e puder
compartilhar um pouco da história que compõem Jaguarão.
Foto de Kênya Martins |
Obrigada!
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
PIBIDIANOS APRESENTAM TRABALHOS NO SIEPE 2012
O
Salão Internacional de Ensino Pesquisa e Extensão (SIEPE) é um evento que
envolve pesquisadores, servidores, acadêmicos, professores e profissionais da
educação. Em 2012, o SIEPE está na sua quarta edição e será sediado pelo Campus Bagé da
Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) nos dias 26, 27 e 28 de novembro. A
diversidade dos sujeitos que se desenvolvem ao elaborarem as grandes áreas do
conhecimento partilharão seus trabalhos e projetos, fruto de suas experiências
de extensão, pesquisa e ensino. Neste ano, o encontro teve como tema
central "Compartilhe Saberes, vivencie Experiências e almeje
Sustentabilidade".
Os
pibidianos estiveram presentes, apresentando trabalhos nos três eixos, bem como
oficinas, buscando assim compartilhar suas pesquisas e conhecimentos. O evento
foi um espaço de interação e de diálogo não apenas com estudantes da Unipampa
como também com discentes de outras instituições de ensino. Além disso, um dos
integrantes do nosso grupo, Edson Sousa, teve seu trabalho na área das ciências
humanas premiado. Este prêmio traduz o quanto o Pibid História “Educação
Patrimonial” está crescendo e se fortalecendo, nós integrantes estamos muito
felizes em saber que o trabalho do grupo está ganhando reconhecimento.
Por
isso, Parabenizamos ao Edson, à nossa Coordenadora Juliane Serres e a todos nós
pelo ótimo trabalho que estamos fazendo!
Abaixo segue a relação
dos trabalhos e oficinas apresentados:
Autores: Edson Sousa
Lucas de Araujo; Pereira, K.C. ; Cunha, C.O.P.; Serres, J.C.P.; Teixeira, C.
Autores: Michelle
Pureza de Lima; Josi Tormam; Suellen Dias Tourança Ribeiro ; Patrícia Virginia
Padula Medeiros ; Juliane Serres; Carlos José Azevedo
Autores: KENYA JESSYCA
MARTINS DE PAIVA; Kênya Jessyca Martins de Paiva ; Michelle de Lima Pureza;
Milena Rosa Araujo Ogawa; Juliane Conceição Primon Serres; Carlos José Azevedo
Machado
Autores: Eleandro
Viana da Rosa; Raniere de Oliveira Santos Dourado; Juliane Conceição Primon
Serres
-Arte é educação: uma possibilidade de ensino/aprendizagem
através da experiência teatral
Ministrantes: Kênya Jessyca Martins de Paiva; Luis Eduardo Alimena
Pinho; Milena Rosa Araújo Ogawa;
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: kenya.paiva@hotmail.com; julianeserres@gmail.com
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: kenya.paiva@hotmail.com; julianeserres@gmail.com
Ministrante: Marcela de Liz; Josias de Oliveira Peixoto Junior
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: marceladeliz@gmail.com; julianeserres@gmail.com
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: marceladeliz@gmail.com; julianeserres@gmail.com
Resumos dos trabalhos
apresentados no SIEPE:
Cultura, saúde e política no século XIX:
possibilidades de ensino sobre a construção e o reconhecimento do patrimônio na
cidade de Jaguarão - RS
Autores: [A]Edson Sousa Lucas de Araujo (edsonsousa88@hotmail.com); [1]Pereira, K.C. (kah_cp@hotmail.com); [2]Cunha, C.O.P. (carlos-opc@hotmail.com); [O]Serres, J.C.P. (julianeserres@gmail.com); [C]Teixeira, C. (caca_0202@hotmail.com)
Resumo:
O presente trabalho
está inserido no Programa de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID), subprojeto
História - Educação Patrimonial. Esse programa atua na cidade de Jaguarão desde
ano de 2010 e trabalha no Instituto Estadual de Educação Espírito Santo (IEEES)
com os níveis fundamental, médio e educação para jovens e adultos (EJA). Para
nortear o projeto, foi realizado um questionário junto aos alunos, no qual, em
uma das perguntas pedia-se para que fossem citados três bens patrimoniais da
cidade. Após esse levantamento, foram realizadas dez pesquisas históricas sobre
os diferentes bens elencados nas primeiras colocações, que serviram como base
para o desenvolvimento das intervenções na escola. O trabalho no IEEES tem por
objetivo utilizar o patrimônio local como instrumento para o ensino de
história, valorizando a história da cidade, transpondo as visões históricas do
macro (história do Brasil), utilizadas usualmente, para o micro (história de
Jaguarão), fazendo com que os estudantes se reconheçam como agentes ativos dos
processos históricos. Outra preocupação do projeto é trabalhar a preservação da
memória local, no sentido de conscientizar os alunos para as potencialidades
patrimoniais do município, compartilhando esses bens com a população local.
Para apresentação do presente trabalho, foi esolhida uma atividade realizada em
conjunto por três bolsistas, cada um responsável pela pesquisa de um dos bens
elencados pelos alunos. A proposta consistiu na inter-relação dos bens, com o
intuito de ampliar as noções de tempo e espaço, que são tarefas do ensino de
história, conciliando-as com o nosso eixo temático que é o patrimônio. A
metodologia aplicada na realização do trabalho consiste em aulas planejadas
entre os bolsistas e os supervisores da escola, integrando o conteúdo dado em
sala de aula, a história local e os bens levantados na pesquisa quantitativa.
Os bens utilizados para a construção desse trabalho são: o Museu Dr. Carlos
Barbosa Gonçalves, a Santa Casa de Caridade de Jaguarão e o Teatro Esperança.
Ambos os bens são fruto de um momento de efervescência cultural, econômica,
política e social que acometiam o Brasil como um todo, não sendo diferente na
cidade de Jaguarão. Esse momento é fruto do processo de transição que levou a
proclamação da República. Durante o século XIX, começaram a acontecer uma série
de mudanças no Brasil, que muito antes de 1889, já davam sinais do que estava
por vir. Diversos movimentos como as associações de escravos, as formações dos
partidos republicanos, o surgimento das Santas Casas, de espaços culturais, como
os teatros, e uma série de outros indicativos, apontavam os rumos que a nossa
sociedade iria almejar futuramente. A cidade de Jaguarão também sofreu os
reflexos desse período, principalmente pelo fato de sua econômica estar a todo
vapor no período. Os bens apontados acima são resultado dessa série de
transformações, que não só podem, como devem, ser relacionados entre si, para a
aproximação dos alunos com a história local e com o patrimônio, construindo
assim, uma visão histórica mais ampla mais próxima da sua realidade.
A importância da Educação Patrimonial
no ambiente escolar
Autores: [A]Michelle Pureza de Lima (chellygdt@hotmail.com); [1]Josi Tormam
(josi_tormam_jag@hotmail.com); [2]Suellen Dias Tourança Ribeiro
(sukinha_ribeiro@hotmail.com); [3]Patrícia Virginia Padula Medeiros
(patricia_vpm@hotmail.com); [O]Juliane Serres (julianeserres@hotmail.com);
[C]Carlos José Azevedo (cjmaninho@gmail.com)
Resumo:
O patrimônio é um
tema em voga na contemporaneidade. Em Jaguarão, muito se fala sobre o
patrimônio, uma vez que a cidade teve seu conjunto arquitetônico tombado em
2010 pelo IPHAN. Porém, percebemos que esse assunto é ainda desconhecido para a
maioria da comunidade, inclusive escolar. Nesse sentido ressaltamos a
importância da educação patrimonial no processo educacional, como estimuladora
de práticas para preservação e valorização do patrimônio cultural. Este
trabalho é fruto de nossa experiência no PIBID (Programa Institucional de
Iniciação a Docência), que tem ênfase em educação patrimonial. Onde aplicamos
um questionário aos alunos de Ensino Médio e EJA, com perguntas referentes ao
patrimônio local/Jaguarão. A partir dos resultados notamos que os jovens
entendem por patrimônio algo antigo, levando em conta os discursos que são
reforçados pela elite, referindo - se a elite como quem pode impor as decisões
para uma sociedade estabelecendo o que é importante para ser enaltecido. Nosso
objetivo é salientar como a educação patrimonial se faz necessária no currículo
escolar, desde as séries iniciais, pois o aluno/sociedade conseguirá assim,
auxiliar na construção de uma sociedade mais participativa, no que se refere às
questões patrimoniais da sua cidade bem como entender que também é um agente
produtor da história. A metodologia para a educação patrimonial pode ser
aplicada de várias formas, no nosso caso no ambiente escolar, trabalhamos com a
aplicação de um questionário aos alunos, logo após, obtidos o resultados
realizamos uma pesquisa sobre os bens que foram citados com maior
interesse. A partir disso entramos em sala de aula, no ensino fundamental
nas turmas de 6ª séries, com a intenção de despertar, num primeiro contato, a
curiosidade dos alunos com relação ao tema. Em sala de aula percebemos que
quando indagados sobre o assunto, os alunos se mostram bastante interessados,
porém a maioria não possui maiores entendimentos sobre o tema, usamos slides de
Power Point, dinâmicas, visitas, entrevistas, numa forma de aproximar e
apropriar o aluno do seu patrimônio e da história da cidade. Os resultados são
percebidos a cada intervenção e relatos dos alunos em conversas, nas quais eles
conseguem compreender o contexto da cidade quando as edificações - hoje
consideradas bens - foram construídas e o porquê hoje estes bens são
considerados patrimônio, bem como e sua importância para a cidade. Considerando
que o trabalho esta em andamento observou-se que a educação patrimonial
colabora na formação não só dos alunos, mas dos professores, fazendo com que se
tornem sujeitos conscientes e atentos nas questões ligadas ao meio onde
vivem.
Iniciação à docência: a educação patrimonial no município de Jaguarão/RS
Autores: [A]KENYA JESSYCA MARTINS DE PAIVA (kenya.paiva@hotmail.com);
[1]Kênya Jessyca Martins de Paiva (kenya.paiva@hotmail); [2]Michelle de Lima
Pureza (michellepurezadelima@hotmail.com); [3]Milena Rosa Araujo Ogawa
(milena_ogawa@yahoo.com.br); [O]Juliane Conceição Primon Serres
(julianeserres@gmail.com); [C]Carlos José Azevedo Machado (cjmaninho@gmail.com)
Resumo:
Nosso trabalho tem
como objetivo, fomentar questões patrimoniais do município Jaguarão-RS, nas
turmas de 1° EJA e 2° ano de Ensino Médio do Instituto Estadual de Educação
Espírito Santo. Com a necessidade de incentivar a docência, dialogando sobre a
valorização dos bens da cidade, nós bolsistas do PIBID- financiado pela CAPES -
entramos em ação nas escolas. Através da disciplina História utilizamos o
patrimônio para fornecer informações referentes ao passado/presente das
sociedades, representadas pela memória coletiva, pretendemos assim desenvolver
o pensamento crítico e histórico dos alunos. A metodologia utilizada na
construção do conhecimento se deu primeiramente, através de questionários visando
compreender os sentimentos de cada aluno e seus conhecimentos a cerca do tema:
Patrimônio. Logo após, focamos num diálogo sobre o significado da palavra
Cultura, já que muitos alunos no questionário evitaram responder esta pergunta
e ainda interrogaram-nos sobre seu sentido. Além disso, as aulas foram
compostas por variadas dinâmicas, amostra de vídeos sobre patrimônios
brasileiros e locais, visita à Unipampa e ao Cine Regente. Com o intuito de
obter uma parcial dos resultados alcançados, provocamos intensamente um debate
sobre o sentido do patrimônio, pedindo aos alunos que respondessem questões
referentes ao patrimônio estudado até o momento. Realizamos as intervenções no
segundo semestre de 2011, mas foi nesse ano que compreendemos os frutos, já que
aplicamos um questionário com perguntas referentes ao patrimônio de Jaguarão em
todas as turmas de Ensino Médio e EJA e para nossa motivação, os resultados
obtidos foram satisfatórios comparados com as turmas que não tiveram ações do
PIBID. Nesse sentido, reforçamos a importância de trabalhar com a educação
patrimonial na escola, não só nas séries finais, mas a partir da Educação
básica, momento em que a criança está desenvolvendo sua aptidão crítica e
compreensão do espaço/tempo em que vive reconhecendo-se como produtora dessa
história.
A Enfermaria Militar de Jaguarão – um bem
patrimonial em debate
Autores: [A]Eleandro Viana da Rosa (eleandroviana@gmail.com); [1]Raniere de
Oliveira Santos Dourado (raniere.dourado@hotmail.com); [O]Juliane
Conceição Primon Serres (julianeserres@gmail.com)
Resumo: Compreendendo a pesquisa como parte da
atividade docente, uma das ações realizadas no Projeto Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência (PIBID) realizou-se por meio da pesquisa sobre um bem
patrimonial específico da cidade de Jaguarão, a Enfermaria Militar. A proposta
apresentada no subprojeto História-Educação Patrimonial era conhecer o bem edificado,
compreender seus significados e discutir seus usos, junto aos alunos do
Instituto Estadual de Educação Espírito Santo (IEEES). O tema é de grande
interesse, uma vez que, a antiga enfermaria, construída em 1883, em breve será
convertida no Centro de Interpretação do Pampa.
O tema foi
pesquisado por meio de fontes primárias, como jornais, documentos históricos,
fotografias, bibliografia, sites e diálogos com a comunidade. O presente
trabalho pretende relatar a experiência em sala de aula na abordagem do tema.
Primeiramente as aulas foram ministradas de forma dialogada para conhecer a
realidade dos alunos, sua relação com a idade, os bens da cidade, seus
conhecimentos prévios sobre o bem em questão. Utilizando o conhecimento dos
educandos, em seguida passamos a trabalhar temas mais específicos que envolvem
noções de patrimônio, tombamento, usos, monumentos históricos e artísticos,
diretrizes do IPHAN, entre outros. Desta aproximação inicial, podemos perceber
que, os alunos atribuem grande importância ao patrimônio local, como algo
presente em suas vidas, ao mesmo tempo, sentem vontade conhecer mais sobre a
história da própria cidade, para realmente entenderem os sentidos do
patrimônio. A educação patrimonial na Escola pode colaborar para essa
aproximação.
[1] Graduando em História e Bolsista PIBID – Universidade Federal
do Pampa - Autor [2] Graduando em História e Bolsista PIBID – Universidade
Federal do Pampa - Co-autor. [3] Prof. Dra. História – Universidade Federal do
Pampa - Orientadora
-Arte é educação: uma possibilidade de ensino/aprendizagem
através da experiência teatral
Ministrantes: Kênya Jessyca Martins de Paiva; Luis Eduardo Alimena
Pinho; Milena Rosa Araújo Ogawa;
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: kenya.paiva@hotmail.com; julianeserres@gmail.com
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: kenya.paiva@hotmail.com; julianeserres@gmail.com
Resumo: A história busca compreender os processos e
comportamentos humanos para construir uma narrativa histórica que servirá para
a compreensão dos processos pelos quais o homem passa. A arte também se
concretiza através de obras e ações humanas focadas em diversas épocas e em
variados aspectos sociais. O fazer artístico comunica e expressa sentimentos e
pensamentos, da mesma forma é o professor que se utiliza de formas interativas
para se comunicar com os alunos, tecendo uma rede de relações que ajudará na
prática de ensino e aprendizagem. Com base em Stanislavisky e Augusto Boal,
nessa oficina provocaremos questões enfatizando a arte teatral como prática
educativa por si só, ressaltando que o termo teatro comporta variadas
tendências e também práticas cabíveis de inserção no desenvolvimento escolar.
Esta se concentrará em três momentos: as origens do teatro, os seus usos para a
educação e por fim, lançaremos a ideia de realizarmos esquetes utilizando
poemas de Shakespeare, Fernando Pessoa e Gil Vicente, bem como uma composição
coletiva com a temática a ser decidida entre o grupo. A prática proporcionará a
oportunidade de momentos que envolvam trocas entre o fazer e o ensinar,
contribuindo para o autoconhecimento, desinibição, socialização, construção da
cooperação, respeito e cuidado.
Ministrante: Marcela
de Liz; Josias de Oliveira Peixoto Junior
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
Contato: marceladeliz@gmail.com; julianeserres@gmail.com
Responsável: Juliane Conceição Primon Serres
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Resumo: Neste trabalho procuramos abordar a temática do
patrimônio através de alguns aspectos históricos, simbólicos e culturais da
Praça Dr. Alcides Marques, localizada na cidade de Jaguarão, município ao sul
do Rio Grande do sul na fronteira com o Uruguai. Durante toda a sua trajetória
a praça passou por diversas modificações em seu espaço. Além das transformações
na sua estrutura e na forma com que era utilizada, foram nela colocados
diversos bustos e monumentos que procuram caracterizar a cidade, dando voz a um
discurso hegemônico de grandes feitos, de heróis. Esses monumentos, para além
de homenagear esses sujeitos, procuram evidenciar alguns acontecimentos e
narrativas que compõe a identidade dos cidadãos jaguarenses. Para compreender a
representatividade desses bustos e monumentos e a função da praça enquanto um
espaço histórico produzido pelo homem e reflexo da sociedade (ou da forma com
que aqueles que possuem o poder querem a representar).Iniciamos com uma breve
narrativa sobre o surgimento e a construção da praça com o povoamento português
e a fundação da vila militar, como esta praça se constituiu ao longo do tempo.
Em um segundo momento, pretendemos trabalhar especificamente com a
representatividade dos monumentos e os discursos que os legitimam, para tal
atividade faremos uso de slides e apresentaremos um vídeo. Como esse espaço se
encontra atualmente e qual seu grau de importância para a sociedade local?Será
que as novas gerações se reconhecem enquanto pertencentes dessas memórias?Ou
esses bustos permanecem esquecidos na praça como símbolo de uma época que já
não nos pertence mais? Muitos traços permaneceram outros foram modificados. Mas
a praça não deve ser vista como um lugar do passado, ela é um espaço do
presente, onde a todo o momento a história está sendo constituída e transmitida
em diferentes visões, épocas e modelos. E finalmente, a proposta de prática é
que cada ouvinte da oficina possa moldar em argila, ou desenhar no papel algo
que considera seu patrimônio e que gostaria de deixar para a posteridade. Cada
monumento será colocado na maquete da praça. Acreditamos que com essa atividade
os ouvintes possam definir o que entendem por patrimônio e perceber como o
patrimônio está presente em nossa vida, nas palavras e na forma com que são
ditas, nos contos de nossos avós, nas edificações e para além do cimento e cal,
estão presentes na história, nos sentimentos e nas memórias de cada um.
Link do Siepe para maiores informações do evento: http://www13.unipampa.edu.br/siepe/index.php?option=com_content&view=article&id=46&Itemid=53
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