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sábado, 22 de dezembro de 2012

Intervenções no 2º D (Ensino Médio/noturno)



Intervenção na turma 2º D Ensino Médio (noturno)
Bolsistas ID: Carlos Pacheco e Kênya Martins


Na nossa segunda intervenção no 2º D, o objetivo geral foi prepará-los para o conhecimento e discussão acerca das fontes utilizadas para o estudo da História, especialmente as que tangem a temática do patrimônio. Para isso, buscamos aprimorar o conhecimento dialogando a respeito do ofício do historiador e aproximando os alunos da temática do patrimônio local. Realizamos uma aula expositiva dialogada com o uso de música e slides trazendo imagens das fontes históricas. Além disso, levamos algumas fontes para o manuseio dos alunos. Por fim, seria proposta uma atividade individual de escrita contendo as impressões dos alunos sobre a aula, porém o andamento das discussões foram maiores do que o previsto e a avaliação não foi concretizada. 

Alunos dialogando e questionando durante a intervenção


Na problematização do oficio do historiador e as fontes nas quais ele utiliza, escolhemos abordar principalmente as fontes escritas, orais, arqueológicas e audiovisuais. O que mais rendeu diálogo foi estas últimas, já que falamos dos meios de comunicação, destacamos a TV, pois eles refletiram mais sobre as questões relevantes da utilização desse meio. Um dos alunos ressaltou que “existe muita manipulação das notícias para transformar as pessoas em alienadas, evitando dessa maneira uma revolução”. 


Pibidianos Carlos Pacheco e Kênya Martins

Explicamos as diferenças das visões sobre determinado fato, exemplificamos subindo à cadeira e mostrando o quanto posições diferentes podem modificar as visões dos fatos, apagar ou dar enfoque aos acontecimentos. Chamamos atenção sobre a Verdade Histórica, que as coisas nos chegam como verdadeiras e exatas, sendo o maior desafio do historiador buscar novas interpretações e não assumir como único um saber, especialmente aquele que se propõe a ser educador.

A turma é muito envolvida e participativa, foi uma intervenção extremamente calorosa, em todos os momentos havia alunos questionando e nos provocando novos pensamentos. Por causa disso, não conseguimos realizar a atividade avaliativa. Todavia, saímos realizados, ainda mais ao ouvir uma das alunas afirmando ser está “sim, uma aula de verdade”. Por trazermos assuntos que permeiam a realidade dos mesmos, a intervenção nos permitiu conhecer e discutir, desenvolver a concepção crítica dos alunos e nos inserir no ensino de maneira dinamizadora e envolvente.


Relato da Terceira  Intervenção:

A terceira intervenção se deu através de uma aula expositiva dialogada com uso de diversos objetos. No primeiro momento, problematizamos questões referentes ao saber histórico deles, trazendo características de Jaguarão e questionando sobre seus conhecimentos acerca de seu título de patrimônio cultural. Com o uso de slides, levamos as respostas das perguntas (O que é e para quê serve a história?) respondidas na primeira intervenção para travarmos um debate. Logo após, com todos os alunos em círculo realizamos uma dinâmica na qual, através de diversos objetos, os alunos representaram sua cultura/patrimônio.

Priorizamos o estudo da história de maneira mais interessante e com uso de fontes. Ajudamos a fazê-los perceber o quão importante é o estudo do lugar onde vivemos para podermos compreender a história micro e macro. Se não nos sentimos parte da história, como poderemos deixar de pensar nela como entediante, sem serventia e relacionada à decoreba? Conversamos com eles e juntos pensamos no patrimônio para o ensino, pois sendo algo ligado a cultura, fruto de motivações de um período pode nos trazer a oportunidade de indagações como: Qual aspecto cultural envolve? Qual contexto histórico pode ser trabalhado a partir dele? Quais foram, quais são seus usos? Por que é considerado como patrimônio pelos órgãos públicos? Você o considera patrimônio? Quem construiu esta ideia de patrimônio?

Juntos traçaram outras ideias do que seria este patrimônio, por vezes estigmatizado como sendo “coisa de rico” e através da dinâmica dos objetos, podemos nos conhecer melhor e observar que nossas vidas são repletas de histórias, nossas cidades são repletas de histórias, que a escola é repleta de histórias e que todas elas servem para nos compreendermos como ser social e histórico.

Turma reunida, os pibidianos Raniere e Hemã participaram  como ouvintes da nossa intervenção.

           




Bibliografia utilizada: 

PINSKYCarla Bassanezi (org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005.

VEYNE, Paul Marie. Como se Escreve a História? Brasília, EDUNB, 1982.  

PELEGRINE, Sandra C. A.; FUNARI, Pedro Paulo A. O que é patrimônio cultural imaterial. São Paulo: Brasiliense, 2008.

POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, vol. 5, n. 10. Rio de Janeiro: p. 200-212, 1992.

SOUZA, Renato João de; PIRES, João Ricardo Ferreira.  Os desafios do ensino de História no Brasil. Professores em formação. ISEC/ISED, Nº1, segundo semestre de 2010. Disponível em: <http://www.funedi.edu.br/revista/files/edicoesanteriores/numero1/OsdesafiosdoensinodehistorianoBrasil.pdf> Acesso em: 16 out. 2012.

CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC, 1999.

GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília/DF: IPHAN, 2007.

CARDOSO, Ciro Flamarion. História e Paradigmas rivais. In: CARDOSO, Ciro Flamarion e V AINFAS, Ronaldo (Orgs.). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997, p. 01-32.   

CARR, E.H. Que é História? 6ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. 


Por Kênya Martins.



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