Intervenção na turma 2º D Ensino Médio (noturno)
Bolsistas ID: Carlos Pacheco e Kênya Martins
Na nossa segunda intervenção no 2º D, o
objetivo geral foi prepará-los
para o conhecimento e discussão acerca das fontes utilizadas para o estudo da
História, especialmente as que tangem a temática do patrimônio. Para isso,
buscamos aprimorar o conhecimento dialogando a respeito do ofício do
historiador e aproximando os alunos da temática do patrimônio local. Realizamos
uma aula expositiva dialogada com o uso de música e slides trazendo imagens das
fontes históricas. Além disso, levamos algumas fontes para o manuseio dos
alunos. Por fim, seria proposta uma atividade individual de escrita contendo as
impressões dos alunos sobre a aula, porém o andamento das discussões foram
maiores do que o previsto e a avaliação não foi concretizada.
Alunos dialogando e questionando durante a intervenção |
Na problematização do oficio do historiador e as fontes nas quais ele
utiliza, escolhemos abordar principalmente as fontes escritas, orais,
arqueológicas e audiovisuais. O que mais rendeu diálogo foi estas últimas, já
que falamos dos meios de comunicação, destacamos a TV, pois eles refletiram
mais sobre as questões relevantes da utilização desse meio. Um dos alunos
ressaltou que “existe muita manipulação das notícias para transformar as pessoas
em alienadas, evitando dessa maneira uma revolução”.
Pibidianos Carlos Pacheco e Kênya Martins |
Explicamos as diferenças das visões sobre determinado fato,
exemplificamos subindo à cadeira e mostrando o quanto posições diferentes podem
modificar as visões dos fatos, apagar ou dar enfoque aos acontecimentos.
Chamamos atenção sobre a Verdade Histórica, que as coisas nos chegam como
verdadeiras e exatas, sendo o maior desafio do historiador buscar novas
interpretações e não assumir como único um saber, especialmente aquele que se
propõe a ser educador.
A turma é muito envolvida e participativa, foi uma intervenção
extremamente calorosa, em todos os momentos havia alunos questionando e nos
provocando novos pensamentos. Por causa disso, não conseguimos realizar a
atividade avaliativa. Todavia, saímos realizados, ainda mais ao ouvir uma das
alunas afirmando ser está “sim, uma aula de verdade”. Por trazermos assuntos
que permeiam a realidade dos mesmos, a intervenção nos permitiu conhecer e
discutir, desenvolver a concepção crítica dos alunos e nos inserir no ensino de
maneira dinamizadora e envolvente.
Relato da Terceira Intervenção:
A
terceira intervenção se deu através de uma aula expositiva dialogada com uso de
diversos objetos. No primeiro momento, problematizamos questões referentes ao
saber histórico deles, trazendo características de Jaguarão e questionando
sobre seus conhecimentos acerca de seu título de patrimônio cultural. Com o uso
de slides, levamos as respostas das perguntas (O que é e para quê serve a
história?) respondidas na primeira intervenção para travarmos um debate. Logo
após, com todos os alunos em círculo realizamos uma dinâmica na qual, através
de diversos objetos, os alunos representaram sua cultura/patrimônio.
Priorizamos o estudo da história de maneira mais
interessante e com uso de fontes. Ajudamos a fazê-los perceber o quão importante é o estudo do
lugar onde vivemos para podermos compreender a história micro e macro. Se não
nos sentimos parte da história, como poderemos deixar de pensar nela como
entediante, sem serventia e relacionada à decoreba? Conversamos com eles e
juntos pensamos no patrimônio para o ensino, pois sendo algo ligado a cultura,
fruto de motivações de um período pode nos trazer a oportunidade de indagações
como: Qual aspecto cultural envolve? Qual contexto histórico pode ser
trabalhado a partir dele? Quais foram, quais são seus usos? Por que é
considerado como patrimônio pelos órgãos públicos? Você o considera patrimônio?
Quem construiu esta ideia de patrimônio?
Juntos
traçaram outras ideias do que seria este patrimônio, por vezes estigmatizado
como sendo “coisa de rico” e através da dinâmica dos objetos, podemos nos
conhecer melhor e observar que nossas vidas são repletas de histórias, nossas
cidades são repletas de histórias, que a escola é repleta de histórias e que
todas elas servem para nos compreendermos como ser social e histórico.
Turma reunida, os pibidianos Raniere e Hemã participaram como ouvintes da nossa intervenção. |
Bibliografia
utilizada:
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CARR,
E.H. Que é História? 6ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Por
Kênya Martins.
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